Cannabidiol e Segurança

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Cannabidiol e Segurança

Postado em 15/10/2024 por Simples Cannabis
Cannabidiol e Segurança

O canabidiol (CBD) é uma das principais substâncias químicas encontradas na planta Cannabis sativa, assim como o Δ9-tetraidrocanabinol (THC), o qual é conhecido por seus efeitos psicoativos. No entanto, o CBD não apresenta atividade psicotrópica e tem baixa afinidade pelos receptores canabinoides CB1 e CB2. Estudos recentes têm investigado o potencial terapêutico do CBD em diversas condições de saúde, dada sua capacidade de modular outros sistemas neuromodulatórios além dos receptores canabinoides. Por conta disso, o CBD vem sendo estudado em contextos como inflamação, doenças crônicas, dor e função imunológica, com resultados promissores em diversos ensaios clínicos.

O ensaio clínico “Efeitos do CBD derivado do cânhamo sobre dor, marcadores inflamatórios e vigor físico em adultos saudáveis”, publicado por Gianna Mastrofini et all no Journal Of The International Society Of Sports Nutrition testou a administração oral de CBD em doses de até 1500mg/dia em um estudo randomizado e controlado por placebo. O estudo envolveu a participação de adultos saudáveis, divididos em dois grupos: um recebendo o produto contendo CBD e o outro recebendo placebo. Os participantes retornaram para avaliações nos dias 30, 60 e 90 após o início da administração.

Neste estudo, o CBD derivado de cânhamo e específico de marca foi eficaz na redução dos escores do índice de dor tanto em homens quanto em mulheres. Interessantemente, foram encontrados efeitos significativos específicos de sexo: os homens no grupo placebo apresentaram níveis mais baixos de marcadores inflamatórios e escores de “raiva-hostilidade”, enquanto as mulheres no grupo de CBD apresentaram escores mais baixos no índice de dor e menores níveis de “tensão-ansiedade”, além de níveis mais altos de “vigor-atividade”. Não foram relatados eventos adversos graves, sugerindo que o produto e a dose foram seguros e bem tolerados em adultos saudáveis. A baixa frequência de medidas de desfecho significativas e a ausência de qualquer sinal de resultados negativos para a saúde indicaram, neste estudo, que doses mais altas de CBD devem ser exploradas para essas medidas de desfecho em populações saudáveis. 

Não houve interações para biomarcadores imunológicos ou inflamatórios (p > 0,05). As análises não revelaram interações observadas para estresse percebido, qualidade do sono, distúrbio geral de humor e estado de humor (p > 0,05), exceto “vigor-atividade” que diminuiu da Visita 3 para a Visita 4 (p = 0,025) e da Visita 3 para a Visita 5 (p = 0,014). Houve um efeito principal de Grupo para o índice de dor (FPI) (p = 0,028), indicando que o grupo placebo apresentou maiores aumentos na dor ao longo da intervenção em comparação com o grupo de CBD. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos na incidência e prevalência de “resfriados ou gripes” (p > 0,05).

Esses resultados, juntamente com outros estudos pré-clínicos e clínicos, reforçam o crescente interesse no CBD como uma opção terapêutica segura. Como outros artigos demonstram, também uma escolha promissora para uma variedade de condições, incluindo dor, inflamação e modulação do humor. Embora o uso de CBD ainda precise de mais pesquisas para comprovar sua eficácia em diversas patologias, ele já desponta como um tratamento potencialmente seguro e eficaz em determinadas condições clínicas.

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