A eficácia do tratamento de CBD no tratamento da Síndrome de Dravet (SD)

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A eficácia do tratamento de CBD no tratamento da Síndrome de Dravet (SD)

Postado em 15/10/2024 por Simples Cannabis
A eficácia do tratamento de CBD no tratamento da Síndrome de Dravet (SD)

A Síndrome de Dravet (SD) é uma forma rara de encefalopatia epiléptica genética, caracterizada por crises convulsivas de difícil controle, com início na infância. Conhecida por causar grande necessidade de cuidados demandando despesas financeiras importantes. O interesse pelo uso de canabidiol (CBD) no tratamento da epilepsia surgiu após relatos de sua eficácia em crianças com SD em trabalhos científicos. 

Diversos estudos pré-clínicos in vitro e in vivo mostraram que o CBD possui atividade contra crises convulsivas. Posteriormente, a segurança e eficácia de uma solução oral padronizada de CBD foram comprovadas no tratamento de epilepsia resistente a medicamentos. Logo observou-se a possibilidade da criação de um estudo avaliando eficiência do CBD no tratamento de Síndrome de Dravet, levando Devinsky, M.D et all a produzir um ensaio clínico multicêntrico, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo.

Este estudo multinacional incluiu crianças e jovens de 2 a 18 anos com SD, cujas crises não eram controladas pela medicação antiepiléptica em uso. O ensaio consistiu em um período de linha de base de 4 semanas, seguido de um período de tratamento de 14 semanas (2 semanas de escalonamento de dose e 12 semanas de manutenção), além de 10 dias de descontinuação e 4 semanas de acompanhamento de segurança.

O desfecho primário foi a alteração percentual na frequência de crises convulsivas em um período de 28 dias, comparando o grupo tratado com CBD ao grupo placebo durante as 14 semanas de tratamento. A diferença a favor do CBD foi observada logo no primeiro mês de manutenção, com uma redução das crises convulsivas de 12,4 para 5,0 no grupo CBD, em comparação com uma redução de 14,9 para 13,0 no grupo placebo (P=0,002). Não houve diferença significativa em relação a crises não convulsivas.

Os desfechos secundários incluíram a Impressão Global de Mudança dos Cuidadores (CGIC), avaliada em uma escala de 7 pontos, com categorias de melhora, piora ou ausência de mudança, além da redução na frequência de crises convulsivas e totais, bem como o uso de medicação de resgate. Após as análises estatísticas notou-se que 60% dos cuidadores notaram melhora de sintomas no grupo em uso de CBD, contra apenas 34% no grupo placebo (p=0.02)

Esses resultados reforçam o potencial do CBD como um tratamento eficaz para epilepsias resistentes, especialmente em pacientes com Síndrome de Dravet, abrindo caminho para sua aplicação ampla, trazendo importante impacto na saúde e seus sistemas.

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