Explorando o potencial do Canabidiol no tratamento do autismo

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Explorando o potencial do Canabidiol no tratamento do autismo

Postado em 29/04/2024 por Simples Cannabis
Explorando o potencial do Canabidiol no tratamento do autismo

Dia 2 de abril foi o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, desde 2007, e foi criado pela ONU com o objetivo de conscientizar a população sobre o tema, desmistificando e mitigando alguns preconceitos acerca do assunto. O tratamento para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é amplo, e visa principalmente controlar sintomas e crises, de forma a proporcionar melhor qualidade de vida para os pacientes e suas famílias, que na maioria das vezes são os principais cuidadores.

Nos últimos anos foram publicados muitos estudos explorando o TEA, inclusive alguns sobre o uso do canabidiol como tratamento, mirando inclusão como medicamento de escolha, mas também comparando com os fármacos atuais nos quesitos de segurança e eficácia. Alguns desses estudos foram ensaios clínicos randomizados duplo-cegos, um tipo de estudo considerado o padrão-ouro.

O estudo “Cannabinoid treatment for autism: a proof-of-concept randomized trial” (Aran et al. – publicado no Molecular Autism Journal) comparou 150 crianças e jovens adultos com TEA. Cinquenta participantes receberam o extrato de canabis não purificado, outros cinquenta receberam o extrato de canabis purificado e os cinquenta restantes receberam placebo. Os compostos foram administrados diariamente durante dois períodos de 12 semanas, intercalados por um intervalo de 4 semanas (washout period). As métricas do estudo se basearam em 3 questionários de medida de impacto biopsicossocial, tanto nos pacientes, quanto em suas famílias.  No tratamento purificado não se observou efeito relevante comparado ao placebo, no entanto, houve efeito positivo (p= 0.005) no questionário de melhora global (CGI-I) quando comparado o extrato de canabis não purificado e o placebo. Além disso, no questionário de responsividade social (SRS-2) foi observado uma superioridade em relação ao placebo (p= 0.009) quando comparado ao composto não purificado.

Segundo o estudo Pretzsch et al. 2019a (também publicado no Molecular Autism Journal – https://doi.org/10.1186/s13229-021-00454-6), o CDB age na regulação de sinalização glutamatérgica e GABAérgica no núcleo estriado (estrutura cerebral), de forma a modular conectividade funcional, que é desbalanceada em indivíduos com TEA. Dessa maneira, a administração de CDB em doses adequadas se mostra como opção viável no tratamento de sintomas e até mesmo regulação de vias centrais para o Transtorno do Espectro Autistas.

Embora ainda não seja estabelecido por diretrizes, diversos ensaios promissores buscam métricas de doses para a inclusão do CBD como droga de escolha no tratamento do TEA em futuro próximo. Para saber mais da possibilidade terapêutica com CBD consulte nossos médicos.

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